
Os empresários Maurício Camisotti e Danilo Trento, que já haviam sido alvos da CPI da Covid, voltaram ao centro das atenções em meio a uma nova investigação da Polícia Federal (PF). Desta vez, eles são apontados como participantes de um esquema bilionário de fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.
Segundo a PF, o esquema movimentou mais de R$ 400 milhões, com indícios de lavagem de dinheiro. Camisotti, controlador do Grupo Total Health (THG), é citado como beneficiário final da operação. A empresa Benfix, ligada a ele, recebia repasses de associações investigadas e devolvia parte desses valores às mesmas entidades.
Camisotti também apareceu em um relatório do Coaf encaminhado à CPI da Covid, onde foi identificado o envio de R$ 18 milhões à Precisa Medicamentos, empresa investigada pela tentativa de compra da vacina Covaxin.
Já Danilo Trento, que foi indiciado pela CPI da Covid como membro de uma organização criminosa, reaparece no inquérito da PF relacionado ao INSS. Ele foi visto em imagens no aeroporto de Congonhas (SP) ao lado de Virgilio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador do INSS, e de Philipe Roters Coutinho, agente da PF.
Durante uma busca e apreensão, Philipe foi flagrado com US$ 200 mil em espécie. Ele é investigado por supostamente ter atuado como escolta de Trento e Virgilio, ajudando na movimentação do dinheiro. O policial foi afastado por decisão judicial.
Segundo a PF, Trento atuava junto a Virgilio no esquema, enquanto Philipe oferecia suporte logístico ao grupo. As investigações seguem em curso.