
A Secretaria da Saúde da Bahia está avaliando um projeto de ampliação do Hospital do Oeste, em Barreiras. A proposta, solicitada pelo governador Jerônimo Rodrigues, prevê a criação de novos leitos de enfermaria e UTI, instalação de salas cirúrgicas adicionais e a chegada de um equipamento de ressonância magnética, ampliando a estrutura de média e alta complexidade na maior unidade hospitalar da região.
A informação foi confirmada pela secretária estadual da Saúde, Roberta Santana, durante visita técnica à unidade hospitalar nesta terça-feira (10). Segundo ela, o objetivo é reforçar a capacidade de atendimento de um hospital que já responde por mais de 72% das internações hospitalares do município. Barreiras tem população estimada em mais de 170 mil habitantes.
“Essa expansão é fundamental para atender à crescente demanda por procedimentos de média e alta complexidade no interior da Bahia”, declarou Roberta.
Durante a agenda, a secretária também anunciou a chegada de um acelerador linear, previsto para desembarcar no Brasil em 16 de junho. O equipamento, adquirido pelo Ministério da Saúde, será instalado no próprio Hospital do Oeste com previsão de entrar em funcionamento ainda este ano. A tecnologia é utilizada no tratamento de câncer por meio de radioterapia e representa um passo significativo na descentralização da oncologia no estado.
Investimentos na atenção básica e na saúde mental
Além da proposta de ampliação hospitalar, o Governo do Estado e a Prefeitura de Barreiras discutiram novos investimentos em saúde básica. A secretária estadual se reuniu com a secretária municipal Larissa Barbosa para tratar da construção de três novos equipamentos públicos com recursos do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do ProsUS 2 — programa financiado por empréstimo do Governo da Bahia junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), já autorizado pela Assembleia Legislativa.
Estão previstos:
Uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS) com investimento de R$ 2,1 milhões;
Um CAPS AD III (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), orçado em R$ 3,6 milhões;
Uma Unidade de Acolhimento (UAA) com custo estimado em R$ 2,4 milhões.
A iniciativa busca reforçar a rede de atendimento em saúde mental e ampliar o acesso da população aos serviços básicos de saúde.
A proposta ainda está em fase de estudos e viabilização técnica. Caso se confirme, a expansão do Hospital do Oeste e a construção das novas unidades representarão um dos maiores investimentos em saúde pública da história recente do município.