• Girl in a jacket

  •  Um vídeo de um padre fazendo declarações consideradas ofensivas à cantora Preta Gil e às religiões de matriz africana causou indignação nas redes sociais nesta semana. O caso aconteceu durante uma missa celebrada no último domingo (27), na cidade de Areial, no interior da Paraíba.

    O sacerdote identificado como padre Danilo César ironizou a fé da cantora, que morreu recentemente aos 50 anos, vítima de um câncer. Ele usou o nome de Gilberto Gil, pai da artista, para questionar a ausência de uma suposta intervenção divina dos orixás. “Cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”, disse, em tom de deboche, durante a homilia.

    As falas do padre continuaram em tom agressivo contra fiéis que buscam apoio espiritual fora da Igreja Católica. “Tem católico que pede essas coisas ocultas. Eu só queria que o diabo viesse e levasse”, declarou, ao se referir às religiões afro-brasileiras. Em outro trecho, ele comparou essas práticas a sofrimento e morte, relatando o caso de uma mulher que teria consagrado a filha a “entidades desconhecidas”, e que a jovem teria morrido de forma trágica.

    A missa estava sendo transmitida ao vivo pelo canal da Paróquia de Areial, mas o vídeo foi retirado do ar após a repercussão negativa. Trechos, no entanto, foram recortados e circulam amplamente nas redes sociais.

    Em resposta, a Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria de Souza publicou uma nota de repúdio, afirmando que o sacerdote cometeu crime de intolerância religiosa. O presidente da entidade, Rafael Generino, registrou um Boletim de Ocorrência e confirmou que também levará o caso ao Ministério Público da Paraíba (MPPB).

    “Deus é amor e respeito ao próximo, onde infelizmente esse senhor que se diz sacerdote prega o ódio e o preconceito, e ainda amedronta em pleno culto em sua igreja”, diz um trecho da nota oficial.

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