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  •  Os áudios vazados de conversas entre o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) provocaram reações divergentes no meio evangélico. Enquanto alguns criticaram duramente o tom e as palavras usadas por Malafaia, outros apontaram para questões consideradas mais graves no contexto político e social brasileiro.

    Críticas ao estilo e caráter do pastor

    O pastor e teólogo Yago Martins afirmou que a postura de Malafaia não é novidade:

    “O pessoal desco

    brir só agora que o Malafaia é o Rasputin do Bolsonaro é de corar de vergonha, o dado é público e muito bem conhecido no mundo religioso. O que vai ser doido mesmo é quando descobrirem que o Malacheia não é um Bolsonaro: ele tem mais coragem, mais força, mais poder, mais preparo e menos ética. Agora vai ser guerra, e aposto um braço que o Silas vai sair dessa mais poderoso do que nunca”.

    O teólogo Gutierres Siqueira questionou a coerência entre o discurso do grupo político e os valores familiares que defende:

    “Perguntar não ofende: um filho xingar o pai com um palavrão envolvendo o órgão excretor, e um pastor usando um linguajar mais chulo que o de um torcedor de futebol em estádio, é símbolo do resgate dos valores familiares diante da degradação da sociedade?”.

    Relativização da polêmica e foco na liberdade

    Por outro lado, líderes apontaram que o episódio é secundário diante de problemas mais profundos no país. O pastor Jay Bauman, que atua com brasileiros nos Estados Unidos, afirmou:

    “A acidez e a grosseria de Malafaia são cronicamente problemáticas, mas não são nada em comparação ao problema maior que o Brasil enfrenta, que é um país em uma encruzilhada onde os dias da liberdade de expressão parecem contados”.

    O músico e palestrante cristão André Costa considerou a polêmica “matéria vencida” para quem acompanha Malafaia:

    “O destempero do Malafaia já estava exposto há muito tempo. A novidade são líderes religiosos afetando virtude contra SM e absolutamente silenciosos quanto à perseguição política que ele está sofrendo”.

    Alerta sobre riscos maiores

    O pastor Renato Vargens chamou atenção para o perigo de ignorar a pauta da liberdade de expressão:

    “Você isentão, que ficou em cima do muro, e ainda está porque não gosta do Malafaia, quando chegar o dia em que sua liberdade for cerceada, não adiantará em nada seu protesto e reclamação”.

    Na mesma linha, Ageu Magalhães lamentou o vocabulário do pastor, mas reforçou que há problemas mais graves:

    “O linguajar do Pastor Malafaia é lamentável… Porém, muito, muito pior, é a corrupção, a supressão de liberdades, e a quebra do estado de direito pelo qual o Brasil está passando”.


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