
A Justiça da Bahia condenou Cátia Raulino a 10 anos de prisão pelos crimes de uso de documento público falso e violação de direito autoral. A decisão foi proferida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em 16 de maio de 2025.
Cátia foi acusada de plagiar trabalhos acadêmicos de estudantes e publicá-los como se fossem de sua autoria. A condenação também prevê indenização de R$ 10 mil a cada um dos três alunos prejudicados. A ré pode recorrer da decisão em liberdade.
O caso começou a ganhar repercussão em agosto de 2020, quando três estudantes denunciaram Cátia por plágio. A investigada afirmava ter formação em Direito e títulos de mestrado, doutorado e pós-doutorado, mas nenhuma das universidades citadas confirmou sua graduação.
Em novembro de 2020, o Ministério Público da Bahia apresentou denúncia contra Cátia por uso de documento público falso, violação de direitos autorais e fraude processual, incluindo pedido de quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático, além da abertura de novo inquérito para investigar outros possíveis crimes.
A acusada chegou a compor bancas de mestrado na Universidade Federal da Bahia (Ufba) sem possuir os requisitos necessários. A instituição refez os processos, excluindo sua participação, mantendo os diplomas dos alunos com outros professores.
Em abril de 2021, Cátia foi presa em Florianópolis após ter fugido da Justiça. Ela foi flagrada desembarcando em Salvador usando uma almofada para tentar ocultar as algemas. Durante o período em que estava foragida, abriu uma empresa de tecnologia da informação em Santa Catarina.
Em fevereiro de 2022, Cátia já havia sido condenada em um dos processos por plágio, sendo obrigada a pagar R$ 25 mil por danos morais, R$ 5 mil de multa por descumprir liminar e a publicar retratação em veículos especializados, sob pena de multa diária de R$ 500. //g1.globo