
Pesquisadores da Universidade de Massachusetts Amherst (UMass Amherst), nos Estados Unidos, anunciaram a criação de uma vacina experimental com potencial para combater diversos tipos de câncer, inclusive em estágios avançados.
O estudo, publicado na revista científica Cell Reports Medicine, apresentou resultados impressionantes em testes com camundongos, abrindo caminho para uma nova geração de imunoterapias contra a doença.
💉 Avanço científico promissor
A chamada “super vacina” mostrou-se eficaz contra tumores de melanoma, pâncreas e mama, conseguindo não apenas eliminar as células cancerígenas, mas também impedir a metástase, ou seja, a disseminação da doença para outros órgãos.
O segredo está na tecnologia de nanopartículas lipídicas, projetadas para atuar como um “super adjuvante” — um reforço que estimula intensamente o sistema imunológico. Essa inovação faz com que o corpo reconheça as células tumorais como ameaças e as destrua.
A ideia surgiu de estudos anteriores da professora Prabhani Atukorale, que já havia demonstrado o potencial dessas nanopartículas no combate ao câncer. O novo trabalho, porém, foi além: os pesquisadores constataram que o método também pode ter efeito preventivo.
🔬 Resultados surpreendentes em testes
Nos experimentos realizados com camundongos, a eficácia da vacina foi notável.
• Melanoma: 80% dos animais vacinados permaneceram livres de tumores durante 250 dias.
• Pâncreas: 88% eliminaram completamente os tumores.
• Mama: 75% dos casos foram curados.
• Melanoma (outro grupo): 69% dos camundongos destruíram as células cancerígenas.
Além disso, nenhum animal vacinado apresentou metástase, enquanto os que receberam vacinas convencionais ou não foram imunizados sobreviveram, em média, apenas 35 dias.
A professora Atukorale destacou o diferencial do estudo:
“Ao projetar essas nanopartículas para agir de forma coordenada com os antígenos do câncer, conseguimos prevenir o crescimento dos tumores com taxas de sobrevivência notáveis.”
👩🏽⚕️ Próximos passos
Com
os resultados positivos em animais, a equipe da UMass Amherst pretende
agora avançar para ensaios clínicos em humanos. O objetivo é testar a
segurança e eficácia da vacina em diferentes tipos e estágios de câncer.
Se comprovada, a descoberta poderá representar um marco na medicina, oferecendo uma estratégia capaz não apenas de tratar, mas também de prevenir o surgimento de vários tipos de câncer — uma verdadeira revolução na oncologia moderna.
📚 Fonte: Universidade de Massachusetts Amherst / Cell Reports Medicine
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