© EPA Embora existam várias equipes em todo o mundo procurando uma vacina contra a covid-19, não há garantias de que ela será encontrada 
 
 © Reuters
 A alta taxa de mortalidade causada pelo Ebola força medidas extremas de controle da saúde
Em alguns casos, esse processo é inútil, enquanto em outros acaba 
produzindo bons resultados.  
Sua aparição causou grande alarme porque, durante anos, seu contágio equivalia a uma sentença de morte.
Este vírus foi a causa da morte de mais de 32 milhões de pessoas, segundo dados da OMS.
Também teve um impacto significativo no cotidiano das pessoas, pois as obrigou a modificar alguns hábitos sexuais, uma vez que essa era uma de suas principais vias de contágio.
 
 © Columbia TriStar
 Estrelado por Tom Hanks e Denzel Washington, o filme Filadélfia foi um 
dos primeiros a abordar a questão do HIV e sua estigmatização social
 
 © AFP
 Surtos de gripe aviária forçaram o abate de milhares de aves
A cepa A H7N9 foi detectada pela primeira vez em maio de 2013 na 
China, onde desde então foram relatados alguns surtos esporádicos.
 © EPA
 Assim como na covid-19, acredita-se que o vírus causador da SARS venha de um morcego 
 © EPA
 As epidemias de SARS e MERS tornaram o uso de máscaras popular como medida preventiva em muitos países asiáticos 
Milhões de pessoas em todo o mundo têm a esperança de que uma vacina acabe com a pandemia da covid-19.
Especialistas
 alertaram que, mesmo em ritmo acelerado, o desenvolvimento de uma 
vacina pode ser demorado ou, pior ainda, simplesmente não ocorrer.
"Pode
 se tornar outro vírus endêmico em nossas comunidades e esse vírus pode 
nunca mais desaparecer", disse o diretor de Emergências Sanitárias da 
Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan.
Embora
 a possibilidade de conviver com esse vírus possa ser devastadora para 
muitos, em um momento em que o número de infecções confirmadas é 
superior a 5,4 milhões e o número de mortos é de cerca de 350 mil, na 
realidade, não seria um caso isolado.
A busca por uma vacina pode durar anos e até décadas.
Foi exatamente o que aconteceu com o vírus 
Ebola.
Detectado pela primeira vez em 1976 e com uma taxa de 
mortalidade de 50%, somente neste ano alguns países, sob a aprovação da 
Organização Mundial da Saúde (OMS), foram autorizados a produzir uma 
vacina para preveni-lo.
A BBC News Mundo, serviço em espanhol da 
BBC, fala sobre outros quatro vírus potencialmente mortais que ainda não
 podem ser combatidos da mesma maneira, mas com os quais foram 
encontradas maneiras de conviver.
1. HIV
Mais de 30 anos se passaram desde que os cientistas conseguiram isolar o HIV, que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).Sua aparição causou grande alarme porque, durante anos, seu contágio equivalia a uma sentença de morte.
Este vírus foi a causa da morte de mais de 32 milhões de pessoas, segundo dados da OMS.
Também teve um impacto significativo no cotidiano das pessoas, pois as obrigou a modificar alguns hábitos sexuais, uma vez que essa era uma de suas principais vias de contágio.
O fato de muitas de suas primeiras vítimas mais famosas serem homens 
gays também causou inicialmente um forte estigma social sobre a doença. A
 ponto de alguns meios de comunicação se referirem à Aids como "câncer 
gay".
Quase quatro décadas depois, ainda não há vacina contra o 
HIV e, com cerca de 40 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo, 
esse vírus está longe de desaparecer.
No entanto, o 
desenvolvimento de melhores métodos de prevenção de contágio e 
tratamentos que reduzam sua letalidade levou a infecção pelo HIV a se 
tornar um problema de saúde crônico que não impede os infectados de 
levar uma vida normal e saudável.
Recentemente, além disso, houve 
dois casos de pessoas que foram curadas por tratamentos com 
células-tronco - embora especialistas alertem que esta terapia é muito 
arriscada e não pode ser aplicada de maneira genérica para tratar todos 
os casos de HIV.
2. Gripe aviária
Desde o final dos anos 1990, foram detectadas duas cepas de gripe aviária que infectaram e mataram muitas pessoas.
São
 vírus transmitidos entre aves que, por sua vez, os transmitem aos seres
 humanos por contato direto ou por objetos infectados com as fezes de 
animais doentes.
Em 1997, os primeiros casos de infecção pelo 
vírus H5N1 foram detectados em Hong Kong, levando ao abate de todas as 
galinhas da ilha.
Desde então, foram relatados casos em mais de 50 países da África, Ásia e Europa, com uma taxa de mortalidade de 60% em humanos.
 
Segundo a OMS, entre 2013 e 2017, ocorreram 1.565 infecções humanas confirmadas, das quais 39% resultaram em morte.
Embora
 ambas as cepas apresentem uma alta taxa de mortalidade, de acordo com a
 OMS, é incomum que esses vírus se espalhem por contato pessoa a pessoa.
Uma vez que isso foi provado, ficou mais fácil interromper sua propagação.
3. SARS
Identificado
 pela primeira vez em 2003, o SARS-CoV é um tipo de coronavírus que se 
acredita ter sido transmitido aos seres humanos por um animal, 
provavelmente um morcego.
As primeiras infecções foram registradas em 2002 na província chinesa de Guangzhou.
Esse
 vírus causou uma epidemia de síndrome respiratória aguda grave (SARS, 
por sua sigla em inglês) que em 2003 afetou 26 países com um total de 
mais de 8 mil casos.
Desde então, um pequeno número de contágios foi registrado.
 
 Ao contrário da gripe aviária, esse vírus é transmitido 
principalmente pelo contato humano e, de fato, muitos dos casos 
ocorreram nos centros de saúde, pois as precauções necessárias não foram
 tomadas para impedir sua propagação.
Segundo a OMS, depois de adotadas essas medidas, a epidemia terminou em julho de 2003.
Até então, mais de 8.400 casos haviam sido confirmados, causando 916 mortes, com uma taxa de mortalidade de 11%.
4. MERS
O
 MERS-CoV também é um tipo de coronavírus. Foi detectado pela primeira 
vez em 2012 e é a causa de uma doença conhecida como síndrome 
respiratória do Oriente Médio (MERS, por sua sigla em inglês).
É 
um vírus com uma alta taxa de letalidade: entre os 2.494 casos 
confirmados que ocorreram no mundo até novembro de 2019, foram 
registradas cerca de 858 mortes.
 
O vírus foi detectado pela primeira vez na Arábia Saudita, mas logo 
foram encontrados casos em 27 países, incluindo 12 no Oriente Médio.
Segundo
 a OMS, a maioria dos casos detectados em países fora do Oriente Médio 
eram de pessoas que tinham sido infectadas naquela região.
O vírus
 é transmitido principalmente de animais para pessoas e, 
especificamente, acredita-se que os dromedários sejam a principal fonte 
de contágio.
A disseminação de humano para humano é rara, a menos que haja contato próximo sem medidas profiláticas adequadas.
No caso do MERS, assim como no SARS, após o controle da epidemia, os esforços para desenvolver vacinas foram suspensos.
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