Segundo o Ministério Público Federal (MPF), provas reunidas pela Polícia Federal
indicam que o operador teria solicitado propina de R$ 2,2 milhões em nome do juiz Sérgio Humberto. A prisão cautelar do operador foi deferida pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a pedido do MPF. A prisão temporária pode ser prorrogada por mais cinco dias se ficar comprovada a necessidade de extensão do prazo.Na representação em que requereu as medidas, a Procuradoria Geral da República enfatizou a participação do operador no microssistema criminoso, que incluiu a anulação e restabelecimento de decisões administrativas e de liminares, além da adulteração de documentos e movimentações bancárias por envolvidos no esquema. A medida cautelar visa recolher elementos que permitam a continuidade da investigação acerca dos possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Desde o início da operação, 12 pessoas foram presas provisoriamente por ordem judicial, incluindo desembargadores, juízes, servidores e advogados.
O CASO
Um homem apontado como um dos operadores do juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, réu na Operação Faroeste, foi preso na manhã desta quinta-feira (17), em Barreiras, no oeste da Bahia, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A prisão foi realizada pela Polícia Federal.
Segundo informações obtidas pelo Bahia
Notícias, as investigações apontam que Luiz São Mateus recebeu mais de
R$ 1,5 milhão durante o período da Operação Faroeste, com a realização
de sete fases. A Faroeste foi deflagrada em novembro de 2019 para
investigar um esquema de compra e vendas de sentenças, corrupção e
tráfico de influências no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
O
juiz Sérgio Humberto está preso desde a realização da primeira fase da
operação acusado de vender decisões para o grupo do “quase-cônsul” da
Guiné Bissau, Adailton Maturino, na disputa de mais de 300 mil hectares
de terras na região de Formosa do Rio Preto.