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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) avalia uma forma de dar acesso gratuito ao coquetel de anticorpos contra a Covid-19 aos brasileiros através do SUS. As informações são da revista Veja.
O tratamento, feito com o Regn-CoV2, que tem em sua composição anticorpos monoclonais casrivimabe e o indevimabe, teve o uso emergencial aprovado pela Anvisa em abril e resultados positivos nos testes clínicos, com redução de 70% do risco de hospitalização e morte em pacientes que contraíram a doença.
Lenio Alvarenga, diretor de Acesso e Médico da Roche Farma
Brasil, garante a eficácia do coquetel contra novas variantes, a P.1,
variante identificada em Manaus, e a B.1.617.2, cepa identificada na
Índia. O tratamento já está em uso em pelo menos oito países, incluindo
Estados Unidos, Alemanha, Itália e França.
O custo elevado, no entanto, é o que preocupa a Conitec. O
tratamento chega a custar R$ 7.814, segundo a Comissão, sendo R$ 6.946
do custo da aquisição do medicamento e mais R$ 867 do custo referente à
infusão.
A incorporação do tratamento poderia gerar uma economia de cerca
de R$ 76 milhões por ano ao SUS, além de beneficiar o paciente. Mesmo
assim, a inclusão foi barrada pela Conitec, por prever a dificuldade de
aplicação do medicamento e temer a fragilidade das evidências
científicas fornecidas pelo fabricante.
“A aplicação do medicamento traz um desafio logístico, já que a
tecnologia é de uso hospitalar e deve ser aplicada nos primeiros 10 dias
de infecção pelo vírus Sars-CoV-2. Assim, caso se realize o teste no
terceiro dia de doença e o resultado seja comunicado em mais três dias,
haveria apenas quatro dias para localizar o paciente”, disse a comissão
no parecer.
Uma nova proposta foi feita pela Roche Farma Brasil, fornecedora
do coquetel, sem custos adicionais, 600 mil testes rápidos da companhia
com a capacidade de diagnosticar a infecção do coronavírus em apenas 30
minutos, que supostamente poderia substituir o RT-PCR.
A oferta está em análise e o interesse da Roche é servir
exclusivamente ao SUS. Não há previsão de uma disponibilização do
tratamento na rede privada. (BN)