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  • Por que Tarcísio morreu mesmo após tomar 2 doses da vacina? Especialista explicam ~ Blog Barreiras Noticias | Juninho Sem Maquiagem

    O ator Tarcísio Meira morreu na manhã desta quinta-feira (12), vítima da Covid-19, aos 85 anos, em São Paulo. Ele estava internado no hospital Albert Einstein, na Zona Sul da cidade, em tratamento contra a doença e havia tomado as duas doses da vacina. Diante desse fato, muitas pessoas ficaram em dúvida: é possível morrer de Covid ou se contaminar com o vírus mesmo após ter completado o esquema vacinal?

    Segundo os estudos conduzidos com cada uma das vacinas em uso contra a Covid-19, sim, uma vez que os imunizantes diminuem, mas não zeram, a chance de casos graves e de morte pela doença. É por isso que, além de se vacinar, você deve manter as outras medidas de proteção contra a doença (Continue lendo para entender em detalhes).

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    Uma boa vacina é como se fosse um bom goleiro. E como sabemos que o goleiro é bom? Vamos olhar o histórico dele. A frequência com a qual ele faz defesas. Se ele defende com frequência, ele é um bom goleiro. Isso não quer dizer que ele é invicto, que ele nunca vai deixar de tomar gol. Mas, mesmo se tomar gol, ele não deixa de ser um bom goleiro. Precisamos olhar o histórico dele”, explica a a microbiologista Natalia Pasternak.

    Especialistas ouvidos pelo G1 apontam que os números da queda de mortes estão entre os dados que já mostram a efetividade da vacina em grupos (sobretudo idosos) que estão totalmente imunizados. Apesar disso, eles alertam que a pandemia não está controlada e que a chegada da variante delta ainda é um risco para aqueles que não tomaram as duas doses da vacina.

    “A vacinação com duas doses dos idosos (é a explicação para a queda). A cobertura já está bem elevada nesta faixa, acima dos 60%. Acima dos 70, 80 e 90 ainda é maior. No número de casos, o impacto só vai ser maior com o avanço da vacinação”, afirma Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.

    Nesta reportagem, você vai tirar dúvidas relacionadas à vacinação com duas doses e a Covid-19:

    1. Posso ter Covid mesmo com as duas doses da vacina?
    2. Já que a vacina não necessariamente evita o contágio, eu devo me vacinar?
    3. Conheço pessoas que tomaram as duas doses e morreram ou tiveram quadro grave. A vacina funciona?
    4. Preciso tomar as duas doses da vacina?
    5. A vacina que só tem uma dose ‘protege menos’ que as de duas doses?
    6. Devo escolher qual vacina tomar?
    7. Preciso continuar usando máscara e evitando aglomerações mesmo depois da vacina?

    1. Posso ter Covid mesmo após as duas doses da vacina?

    Sim, pode. O objetivo principal das vacinas, neste momento, é evitar formas graves da Covid-19 – e não necessariamente o contágio pela doença (ainda que algumas vacinas já tenham se mostrado capazes de evitar também a transmissão e a infecção).

    Nas pesquisas, as vacinas são testadas para sua capacidade de evitar contágio, casos sintomáticos, moderados e graves – que precisam de internação – e morte pela Covid.

    Até agora, todas as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil – CoronaVac, AstraZeneca/Oxford, Pfizer e Johnson – foram capazes de evitar internações e mortes pela doença.

    2. Já que a vacina não necessariamente evita o contágio, eu devo me vacinar?

    Sim. Mesmo que você se infecte, a chance de desenvolver um caso grave ou até morrer pela Covid-19 diminui após a imunização.

    3. Conheço pessoas que tomaram as duas doses e morreram ou tiveram quadro grave. A vacina funciona?

    Sim, as vacinas funcionam. A questão é que elas diminuem, mas não zeram, a chance de casos graves e de morte pela Covid. É por isso que, além de se vacinar, você deve manter as outras medidas de proteção contra a doença (veja pergunta 7).

    Cada medida de prevenção que você adota – como se vacinar, usar máscaras, evitar aglomerações e lugares fechados – é uma “camada extra” de proteção. Por isso é necessário combiná-las.

    Veja as taxas de eficácia contra casos graves alcançadas durante os testes em cada vacina usada no Brasil até o momento:

    • Johnson: 85% eficaz
    • Coronavac: entre 83,7% e 100% eficaz
    • Pfizer: 92% eficaz
    • AstraZeneca: 100% eficaz

    4. Preciso tomar as duas doses da vacina?

    Por que são necessárias 2 doses da vacina contra Covid; entenda

    Se ela for aplicada em duas doses, sim, pois a taxa mais alta de imunização somente é alcançada após a segunda dose.

    Das quatro vacinas aplicadas no Brasil, apenas a da Johnson/Janssen alcança a sua taxa máxima de eficácia em apenas uma dose.

    5. A vacina que só tem uma dose ‘protege menos’ que as de duas doses?

    Não. A decisão sobre dosagem e esquema vacinal (espaço entre as doses) é uma decisão do desenvolvedor da vacina ou de autoridades de saúde pública – e não tem a ver com uma vacina “proteger mais” ou “menos” do que outras.

    Todas as vacinas reduzem o risco de você ter um caso grave ou morrer pela Covid-19.

    6. Devo escolher qual vacina tomar?

    Especialistas são unânimes ao dizer que não, já que é muito melhor tomar qualquer vacina disponível do que ficar vulnerável à Covid-19. E, ao se vacinar, você ajuda a aumentar a cobertura vacinal, que é o mais importante neste momento. Entenda por quê.

    7. Preciso continuar usando máscara e evitando aglomerações mesmo depois da vacina?

    Sim. Isso porque, quanto mais medidas de proteção você combina, mais protegido estará – e mais estará protegendo as pessoas ao seu redor que ainda não puderam se vacinar.

    “Mesmo ao ar livre, de máscara, se tiver 100 pessoas, o risco vai ser maior do que se tiver duas pessoas. Não adianta ‘estou ao ar livre, não preciso de máscara’. Precisa. ‘Eu estou ao ar livre, não preciso ficar à distância’. Precisa. ‘Ah, eu estou de máscara, não preciso manter a distância’. Precisa”, explica Lucia Pellanda, cardiopediatra e professora de epidemiologia na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

    “Quando a gente faz todas as coisas, vai diminuindo bastante o risco. As pessoas têm ideia de que é tudo ou nada. O risco é contínuo”, reforça Pellanda. (G1)

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