
Inspeção do código-fonte
Entre as providências 
anunciadas, Barroso informou que os códigos-fonte – programas inseridos 
na urna para permitir a votação e a totalização dos votos – serão 
abertos aos partidos e técnicos das legendas a partir do dia 1º de 
outubro deste ano, com seis meses de antecedência do prazo legal. Agora,
 as legendas terão um ano para avaliar os softwares que rodam 
no aparelho. Barroso explicou que a elaboração dos programas é o único 
momento em que há manipulação humana nos sistemas eleitorais e convidou 
as agremiações para participar do processo desde o inicio.
“A 
realidade é que os partidos não compareciam nem indicavam seus técnicos.
 Assim foi nas Eleições de 2016, nas Eleições de 2018, nas Eleições de 
2020: nenhum partido compareceu para fiscalizar. Alguém poderia imaginar
 que é desídia dos partidos, mas não. Era a confiança que tinham no 
sistema e, por isso, nem se sentiam obrigados a vir aqui ver como estava
 sendo feito”, afirmou.
Inseminação dos programas
O
 ministro reforçou o convite aos partidos para que participem da 
inseminação dos programas da urna. O objetivo, segundo Barroso, é 
verificar se os softwares inseridos são os mesmos que foram assinados digitalmente e lacrados.
“Não
 há como fraudar o programa uma vez lacrado. E nós queremos fazer isso 
com a participação e na frente de todos os partidos políticos, além do 
Ministério Público e da Polícia Federal, que já participam normalmente 
deste momento com o TSE”, reiterou.
Teste de Integridade
Barroso
 também afirmou que está sendo feito um estudo, pela Secretaria de 
Tecnologia da Informação do TSE, para aumentar o número de urnas que são
 auditadas independentemente durante o Teste de Integridade. O 
procedimento consiste no sorteio, na véspera da eleição, de 100 urnas 
aleatórias que serão utilizadas para coletar o voto dos eleitores em 
cédulas de papel, com o correspondente registro na urna eletrônica, em 
ambiente controlado e filmado por câmeras.  
O ministro ressaltou
 que jamais houve divergência, nessa votação simulada, entre o que foi 
assinalado na cédula de papel, e expresso para que o público presente 
ouvisse, com o que foi impresso no chamado Boletim de Urna (BU).
 Comissão externa de transparência
Outra
 medida divulgada pelo presidente do TSE foi a criação de uma comissão 
externa com membros da sociedade civil e instituições públicas para 
fiscalizar e acompanhar de perto o funcionamento do sistema eleitoral. 
De acordo com Barroso, o grupo terá livre acesso a pessoas e 
equipamentos da Corte para ajudar no planejamento de medidas de 
transparência e auditar cada etapa do processo eleitoral.
Farão 
parte da comissão professores da área de computação da Universidade de 
São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade 
Federal de Pernambuco (UFPE), além de integrantes das entidades 
Transparência Eleitoral Brasil, Instituto de Tecnologia e Sociedade 
(ITS) e Open Knowledge Brasil (OKBR). Instituições como Tribunal de 
Contas da União (TCU), Ministério Público Eleitoral (MPE), Congresso 
Nacional, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Polícia Federal (PF) e 
Forças Armadas também terão representantes.
Homenagem
Ao
 final da sessão, Barroso enalteceu os servidores e os colaboradores do 
TSE que participaram das Eleições Gerais de 2018. O ministro ressaltou a
 seriedade de todos os servidores na preservação de pleitos limpos, 
íntegros, cujos resultados expressam a vontade de quem vota. (Da assessoria de comunicação do TSE)
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