O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pôs 16 pontos de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta terça-feira (18). A diferença aumentou quatro pontos em relação ao último levantamento, veiculado em julho.

No atual cenário, o petista aparece com 40% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro possui 24%. Ciro Gomes (PDT) segue com 10%. Sergio Moro (sem partido) figura com 9%. Não sabem/não responderam/nulo somam 9%. Outros candidatos reúnem 8% das menções.

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No cenário espontâneo, contudo, há empate técnico – mas Lula mantém tendência de crescimento, enquanto Bolsonaro ficou estável. O pré-candidato pelo PT aparece com 28%, enquanto o atual chefe de Estado brasileiro tem 22%. Na última pesquisa, Lula tinha 25% e Bolsonaro também tinha 22%.

Não sabem/não responderam caíram de 38% para 33%.  Outros candidatos somam 6% – ante 7% em julho – e branco/nulo subiram de 7% para 11%.

Em caso de embate no segundo turno, nova vantagem para Lula contra Bolsonaro: 51% contra 32%.

Foram realizadas 1.000 entrevistas, de abrangência nacional, de 11 a 14 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

O levantamento é divulgado num momento de aquecimento da disputa entre as duas principais personalidades políticas do país. Na última terça-feira (16), Lula iniciou uma caravana pela região Nordeste, um de seus principais redutos eleitorais. Na próxima semana, ele desembarca em Salvador, onde se reunirá com o governador da Bahia, Rui Costa (PT), o vice, João Leão (PP), e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD).

Segundo apuração do Bahia Notícias, Lula deve evitar eventos com público e viagens ao interior, com o objetivo de se manter distante de comparações com Bolsonaro, que frequentemente dá sinais de desrespeito às normas sanitárias de combate à pandemia.

Enquanto o ex-presidente visita a região Nordeste, o atual vinha insistindo na narrativa do voto impresso auditável. Derrotado na Câmara, ele teve seu principal revés político desde que assumiu a presidência da República. Diante deste quadro, ele elegeu dois desafetos no Supremo Tribunal Federal: os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso – este, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), corte que, naturalmente, cuida dos assuntos pertinentes às urnas eletrônicas, tão atacadas pelo presidente. (Bahia Notícias)

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