
O Brasil vai começar a exportar energia elétrica para Argentina e
Uruguai sob um novo mecanismo, lançado nesta segunda-feira (10), com
transações comerciais de energia extra, produzida quando há vertimento
nos reservatórios de usinas hidrelétricas. As informações são da
Reuters.
A modalidade permite negociação diária de Energia
Vertida Turbinável (EVT) – ou seja, a energia produzida por
hidrelétricas que estão com água em excesso em seus reservatórios.
A
energia disponibilizada para exportação é classificada como excedente,
já que, pois se não fosse exportada, não poderia servir ao atendimento
de consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), nem ser
armazenada, por conta dos reservatórios cheios.
Implementado após
portaria do mês passado do Ministério de Minas e Energia, a modalidade
substituiu o modelo de troca de energia, no qual não há monetização dos
volumes exportados.
De acordo com a Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica (CCEE), as novas operações poderão contribuir na
redução de encargos nas tarifas dos consumidores de energia.
Os
recursos arrecadados com as transações serão direcionados para o
Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), espécie de “condomínio” das
usinas hidrelétricas, em que bônus e ônus da geração são repartidos
entre os participantes.
Com isso, a nova modalidade pode permitir
abatimento nos custos operacionais das hidrelétricas participantes e
consequentemente, a médio prazo, redução nos encargos arrecadados na
tarifa dos consumidores, disse a CCEE. (bahia.ba)