O filho do fundador das Casas Bahia, Saul Klein, foi condenado a pagar R$ 30 milhões por ‘aliciar jovens mulheres e adolescentes com falsas promessas de trabalho e as explorar sexual, submetendo-as à condição análoga à escravidão’. A indenização foi determinada pela 4ª vara do Trabalho de Barueri, na Grande São Paulo.

A condenação de Saul Klein, segundo o Ministério Público do Trabalho, tornou-se a maior por tráfico de pessoas em todo o país, sendo a segunda maior sentença por dano moral coletivo com a prática de trabalho escravo sexual. O montante será revertido para três instituições sem fins lucrativos da área da saúde.

Na decisão, foram impostas restrições a Saul. Em caso de descumprimento, o herdeiro das Casas Bahia terá que pagar uma multa de R$ 100 mil.

“Após o aliciamento, as mulheres e as adolescentes eram inseridas em um criminoso esquema de exploração no sítio do empresário, sendo obrigadas a manter relações sexuais com o réu durante dias, sob forte violência psicológica e vigilância armada”, disse o MPT.

A decisão atende um pedido da Procuradoria do Trabalho. De acordo com o órgão, Klein “cooptava adolescentes e jovens entre 16 e 21 anos, em situação de vulnerabilidade social e econômica, com a falsa promessa de que iriam trabalhar como modelos”. O MPT elenca ainda que “as vítimas sofriam com ‘restrição de liberdade’ e eram forçadas a “práticas sexuais”. (bahia.ba)

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