Quando chegar à Câmara o inquérito será analisado pelo corpo jurídico da Secretaria-Geral da Mesa e poderá ser enviado para o Conselho de Ética da Casa. O conselho é o órgão encarregado do procedimento disciplinar destinado à aplicação de penalidades em casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar.
A reportagem tenta contato com a assessoria de Tiririca desde a manhã desta quinta-feira, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
A acusação contra Tiririca foi feita por um prestador de serviço de 39 anos. De acordo com informações que constam no boletim de ocorrência, o homem afirmou que estava prestando serviço de manutenção na portaria do condomínio quando um desconhecido, acompanhado de uma mulher, se aproximou dele e lhe "desferiu uma dedada" na região das nádegas, sobre a calça.
O caso teria ocorrido na manhã da última quinta (29), em um prédio na rua Casa do Ator, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo. O BO foi registrado na noite de segunda (4). Segundo a SSP, foram realizadas diligências para esclarecer o ocorrido.
O homem disse que se sentiu humilhado porque pessoas que estavam no local, entre segurança e outros prestadores de serviço, riram da situação. Somente depois foi dito à vítima que o importunador seria o deputado Tiririca. Ele foi então orientado por uma advogada a fazer o boletim de ocorrência.
O caso foi registrado no 27º DP (Campo Belo) e encaminhado à 2ª Delegacia Seccional.
Com o slogan "Vote por Tiririca. Pior que tá não fica", o humorista que ficou famoso com a música "Florentina" foi o mais votado do país em sua primeira eleição, em 2010, com 1.353.820 votos. Ele teve 71,7 mil votos em 2022 e foi reeleito graças ao quociente partidário.
Tiririca atribuiu a queda à mudança de seu número nas urnas. Após quatro pleitos com a sequência 2222, Tiririca viu o número ser cedido, em 2022, a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também disputou os votos dos paulistas naquele ano. (Bahia Notícias).