A cada 24 horas, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência em 2023, em oito dos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança (BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ, SP). O dado é revelado no novo boletim "Elas Vivem: liberdade de ser e viver", divulgado nesta quinta-feira (7).

Ao todo, foram registrados 3.181 mulheres vitimadas, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte deste monitoramento.

Os dados monitorados apontaram 586 vítimas de feminicídios. Isso significa dizer que, a cada 15 horas, uma mulher morreu em razão do gênero, majoritariamente pelas mãos de parceiros e ex-parceiros (72,70%), munidos de armas brancas (em 38,12% dos casos), ou municiados por armas de fogo (23,75%).

Com 368 casos – uma vítima por dia –, o estado registrou em 2023 um crescimento de 16,46%. 41,30% dos casos não tinham a informação da idade das vítimas disponível (152 mulheres). Salvador concentra o maior percentual das violências: são 110 mulheres vitimadas, 80 a mais que Feira de Santana, na segunda posição com 30.

 Também foram registrados 70 feminicídios em todo o estado – 40 deles por arma branca –, sendo 20 deles na capital. A Bahia é líder entre os oito monitorados nos homicídios de mulheres, com 129 ocorrências (mortes não classificadas como feminicídios). (Bahia Notícias)

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