Donald Trump perdeu a eleição em uma disputa acirrada com Joe Biden, mas e se Trump recusar-se a ceder ou, pior, não querer deixar a Casa Branca?
Vale lembrar que ele tem até o dia 20 de janeiro para deixar a moradia presidencial. Nesse cenário, o jurista e professor de Direito, Lawrence Douglas, afirma que, embora Trump possa ser persuadido a boicotar a posse de seu sucessor, ninguém pode descartar a possibilidade de que ele tenha algum êxito em sua contestação judicial.
Neste cenário, onde Trump e sua equipe de advogados tentam a todo custo provar na justiça que as eleições sofreram “fraudes” – mesmo sem nenhuma evidência concreta sobre isso até o momento –, isso poderia gerar um impasse no congresso norte-americano, estimulando Trump se recusar a sair da Casa Branca.
Contudo, não há nada nos estatutos dos EUA e na Constituição do país que garanta uma transição pacífica em caso de tal impasse.
Então, que mecanismos legais, políticos, institucionais e populares podem ser usados para detê-lo e quais seriam as consequências de uma falha em removê-lo do cargo?
“O governo de Obama estava preparado para lidar com um candidato que desafiasse os resultados da eleição. Mas, se você tem um titular fazendo isso, é uma situação muito mais perigosa, porque isso realmente representa um desafio para a sucessão pacífica”, disse o jurista Lawrence Douglas em declaração à imprensa.
Ele continua: “Não há nada em nossas leis e Constituição que realmente garanta ou assegure isso. O que garante e protege é o comportamento dos candidatos. Eles têm que assinar as normas do processo democrático. Isso é o que você viu em 2000, quando Al Gore perdeu a presidência por 537 votos. Ele optou por não empurrar o problema”.
Agora, nos resta esperar para ver as cenas dos próximos capítulos. Tudo está incerto no jogo político norte-americano.
Apesar de Biden ter sido formalmente eleito, dentro de todos os ritos e normas democráticas do país, Trump parece querer tentar, de todas as formas (mesmo que esdrúxulas) não sair do poder.
Fonte: National Herald India Foto: Reprodução / Político
